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Ampliando a gama de mãos em posição

Ampliando a gama de mãos em posição
Aprenda a ampliar a gama de mãos em posição em jogos small/midle stakes de holdem.
por Academia   |   comentários 0
sexta, maio 8 2020

Dois dos pilares mais importantes para qualquer jogador que queira tornar-se lucrativo no poker certamente são: jogar de forma tight aggressive e entender realmente o conceito e a importância da posição no jogo.

Este artigo tem por objetivo fazer com que o leitor passe a entender um pouco melhor como jogar de forma mais loose das posições finais, a importância de o fazer e que diferença tal estratégia pode gerar no seu winrate.

Basicamente, quando aprendemos a jogar poker de forma mais séria, dámo-nos conta de que uma estratégia tight aggressive é suficiente para ganhar jogos de montantes baixos e medianos, tendo em conta uma série de fatores, tais como os nossos adversários errarem muito, não entenderem diversos conceitos fundamentais e, em virtude disto, muitas mãos acabarem por ir a showdown. Em síntese: pagam demais, com mãos e em situações que não deveriam, com uma frequência muito alta. Qualquer jogador razoável se adapta facilmente a este contexto, jogando as melhores mãos, tendo uma estratégia pré-flop sólida e massacrando o range do vilão. Até aqui, ok, standard e o ABC do poker faz o seu papel no longo prazo a nosso favor.

Mas o meu objetivo é fazer com que pensemos um passo acima, aumentando o nosso winrate e massacrando ranges de razoável ou mediana força, jogando em posição.

Para tal, determinadas mãos devem ser jogadas com mais força, tanto em pré como em pós flop, obviamente, analisando-se as ações dos vilões conforme a mão decorre. Farei alguns artigos sobre leitura de mãos, do mais básico ao avançado, mas neste momento vamos cingir-nos ao tema proposto. 

A posição facilita todas as tomadas de decisão no poker, serve para vermos streets futuras de graça, cobrarmos os draws do oponente, inflarmos o pote, jogarmos small ball, determinarmos de forma mais precisa o range do vilão, enfim, jogarmos poker a sério, seja de forma básica ou criativa. Quanto mais baixo o nível do adversário, mais faced up fica a sua mão, tornando a nossa vida mais fácil e lucrativa.

Neste exato ponto chego aonde quero: se os nossos adversários são fracos e previsíveis, por que não, quando em posição, jogarmos uma ampla gama de mãos contra eles?

Confesso que durante muito tempo da minha carreira tinha algum receio em jogar mais mãos do que deveria em posição, tendo em vista que oponentes ruins tendem a dar muitos calls. Mas, com horas e mais horas nas mesas, comecei a dar-me conta de que até o meu range fraco superava boa parte do range de call desses jogadores ruins, sem falar do edge que tinha no pós flop sobre eles. Essa tornou-se uma arma poderosa para ser utilizada contra esses jogadores fracos calling stations: um range mais aberto, mas ainda assim forte o suficiente para superar o range de call pré deles, e meu edge no pós flop.

O intuito aqui não é passar uma tabela de ranges para serem jogados, possível range de call OOP de adversários fracos, nem nada do tipo. Isso tornaria o artigo muito longo e não é o objetivo, pelo menos neste momento. O que quero fazer aqui é abrir os olhos de alguns jogadores regulares para o fato de que estão a deitar dinheiro fora ao não jogarem uma gama mais aberta, em posição, contra jogadores fracos que irão, sozinhos, fazer o trabalho para nós.

Comecem a observar o range que esses jogadores fracos jogam OOP, como pagam com mãos que não deveriam, como ficam perdidos no pós flop com mãos dominadas e draws fracos. Passem a explorar esse erro. 

O último ponto que creio importante de ser frisado é que não se comece a jogar mãos demais, sobre o pretexto de estar em posição. É frustrante perder um pote grande para o fish da mesa, por não conseguirmos bater uma mão em que estamos dominados e fazemos uma leitura equivocada do range do vilão. Portanto, atenção às mãos que os adversários jogam até então, mesmo quando não estamos envolvidos. O poker é, como sabemos, um jogo de informações incompletas e determinadas mãos que não estamos diretamente a jogar, mas simplesmente a observar, são fonte de valiosas informações para situações futuras e melhores tomadas de decisões. Não as desperdicem jogando Candy Crush.

Par afinalizar, creio que ampliar o range de mãos em posição é algo que deve ser explorado por qualquer jogador mediano ou acima, levando-se em consideração, sempre, um correto balanceamento desse range. Lembrem-se: nós exploramos ranges desbalanceados e fracos, não o contrário

Daniel Dornelles