Na Terça-Feira começam os quartos de final do Open masculino da Austrália de 2014 e Sean Calvert acha que Tomas Berdych e Novak Djokovic vão continuar...
Tomas Berdych está em forma e, mesmo com um equipamento que parece tirado de uma caixa de perdidos e achados, aparenta ter uma boa hipótese de chegar à sua primeira semi-final de um Grand Slam desde a derrota frente a Andy Murray em Flushing Meadows em 2011.
Para isso o checo tem de derrotar o persistente espanhol David Ferrer, que apesar de estar abaixo da média esta temporada, vai ser um osso duro de roer se Berdych se afastar da táctica de bolas agressivas e fortes que usou contra Kevin Anderson.
O Berdman tem de se impor a Ferrer como fez em Novembro, da última vez que se encontraram, no piso coberto do O2. Com jeito pode ganhar este jogo. Se não, tem um grande problema.
Ferrer ainda está a tentar encontrar o seu caminho sem Javier Piles e tem-nos parecido um pouco confuso em alguns jogos durante esta campanha. Podia ter ficado dois sets atrás de Florian Mayer na última ronda com um set de atraso e 5-5 no segundo, mas o alemão não esteve à altura.
Ferrer conseguiu nove quartos de final de Grand Slam de seguida, testemunho da sua consistência e não o podemos acusar de falta de esforço, mas ele não tem o factor X contra jogadores de topo, como o prova o seu registo de 2-20 contra adversários do top cinco desde o fim de 2011.
Berdych não joga sempre contra adversários do top cinco, mas quando tal acontece joga a níveis muito bons, e no mesmo período de tempo o checo tem um registo de 8-28, o que mostra que tem um melhor desempenho contra a elite.
O número sete mundial ainda não perdeu nenhum serviço e forçou a passagem através de um grupo de adversários medianos, atingindo o pico máximo na tareia que deu a Anderson e até agora só teve de enfrentar quatro break points.
Além do equipamento, o outro factor digno de nota em relação a Berdych é que se mexe melhor no court e parece menos reticente que anteriormente em subir à rede, deve ter trabalhado este ponto durante a pré-época.
Era sempre um pouco rígido e pouco adaptável na rede, mas agora há indícios de um jogo mais subtil, o que é bom para ele e devia usá-lo para manter os pontos curtos contra um jogador como Ferrer, que adora massacrar.
Nestas condições, se Tomas jogar o seu melhor jogo no court consegue bater Ferrer e o 1.72 para a vitória do checo parece-nos bem. Para uma aposta mais arriscada, Berdych -2.5 jogos no handicap é interessante.
Espera-se que o outro jogo de acesso à semi-final seja (a bem dos fãs) uma repetição do épico quarto round do ano passado e também um dos melhores jogos de 2013, com um encontro entre Stan Wawrinka e Novak Djokovic.
O sérvio conseguiu vencer no set decisivo por 12-10 e apesar de ser demais esperar um jogo igual, tenho de dar meia oportunidade à minha dica "back to lay".
Wawrinka tem estado mais confiante e se tiver realmente interiorizado que consegue enfrentar e derrotar os melhores tem o que é preciso para, pelo menos, causar verdadeiros problemas a Novak.
Muito depende da questão mental mental e assim como Berdych, também Stan tem de mostrar que está a jogar a sério, como o fez no ano passado quando venceu o set inaugural por 6-1.
Suspeito que Novak não vai dar nada como certo e deve ser o mais forte em mais um jogo renhido, com o 3-1 a apelar em torno de 3.9. O 1.11 parece demasiado curto num encontro em que Stan tem uma hipótese e quem tem a aposta em Stan para Vencedor Final pode tentar cobrir na opção Djokovic no mercado Apostas nos sets.
Apostas Recomendadas:
Berdych para Vencer Ferrer a 1.72
Djokovic para Vencer Wawrinka 3-1 a 3.9
